





Selena Gomez está sendo bastante criticada após ser flagrada segurando em suas mãos um cigarro eletrônico, conhecido também como "vape" e "pod", enquanto se produzia para um evento. Nas redes sociais, a cantora acabou sendo duramente croticada pelos seus fãs por conta do transplante de rim que se submeteu. 4ei69
Segundo o pneumologista Matheus Rabahi, do Hospital Mater Dei Goiânia, “o cigarro é um dos principais fatores de risco para doenças respiratórias e cardiovasculares. Mesmo com a redução no número de fumantes, os danos causados pelo tabagismo ainda são alarmantes”.
Um dos motivos de preocupação crescente entre os médicos é o uso de cigarros eletrônicos — os chamados vapes ou pods — que vêm conquistando adolescentes e jovens adultos com sabores adocicados, embalagens coloridas e a falsa ideia de menor toxicidade.
Vendidos como “alternativas menos nocivas”, esses dispositivos muitas vezes contêm ainda mais nicotina do que os cigarros convencionais, além de substâncias tóxicas que afetam diretamente os pulmões. “Estamos enfrentando uma nova geração de dependentes”, alerta Rabahi. “O apelo visual e a sensação enganosa de segurança fazem com que muitos adolescentes iniciem o uso do vape muito cedo, comprometendo a saúde pulmonar antes mesmo da vida adulta”, completa.
Estudos recentes já identificaram nos usuários de vapes sinais de doenças pulmonares graves, inflamações nas vias respiratórias e aumento no risco de desenvolver dependência química precoce. Além disso, o uso contínuo desses dispositivos pode ser um o direto para o cigarro tradicional.
DPOC: consequência silenciosa
Entre os diversos males causados pelo tabagismo está a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade irreversível que afeta a respiração e reduz drasticamente a qualidade de vida. A DPOC engloba condições como bronquite crônica e enfisema pulmonar e tem como principal causa a exposição contínua à fumaça do cigarro — seja ela ativa ou iva.
Os sintomas mais comuns incluem falta de ar progressiva, tosse crônica, chiado no peito e cansaço constante. A DPOC avança silenciosamente e, em muitos casos, só é diagnosticada em estágios avançados, quando os pulmões já sofreram danos permanentes. “É uma doença debilitante, que compromete a capacidade de realizar atividades simples do dia a dia e pode evoluir para necessidade de oxigênio contínuo”, explica o especialista.
Além das doenças mais graves, o cigarro compromete visivelmente a saúde bucal, provocando mau hálito, escurecimento dos dentes, maior risco de infecções gengivais e câncer de boca. As unhas podem ficar amareladas, e a pele perde o viço, acelerando o envelhecimento. Em muitos casos, o fumante enfrenta também perda do paladar, cansaço crônico e queda da imunidade.
Fumantes ivos — pessoas que não fumam, mas convivem com a fumaça — também enfrentam riscos reais à saúde. A exposição ao fumo pode aumentar em até 30% a chance de desenvolver câncer de pulmão, além de estar associada a doenças cardíacas e respiratórias. A asma, por sua vez, é agravada em pacientes fumantes, e crianças expostas ao fumo têm risco maior de desenvolver a doença.